quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Alguns esclarecimentos a quem insiste em dizer que quer fazer o melhor por seus gatos:

Por que insistir em conscientizar os proprietários de gatos sobre a importância de mantê-los sem acesso à rua em vez de brigar com os malvados que atropelam, envenenam, torturam... a culpa dessas atrocidades não é de quem as comete? Simples, pois é muito mais fácil e eficiente fazer com que quem REALMENTE GOSTA de gatos se conscientize sobre a importância de castrá-los e não dar acesso à rua do que fazer com que psicopatas deixem de ser psicopatas.

Se com leis rígidas contra o assassinato de seres humanos ainda tem um monte de gente matando por aí, imagina em relação aos gatos, animais de que a maioria das pessoas não gosta e tem preconceito e a quem não há lei eficiente que proteja?

Não, gatos que vivem dentro de casa não estão sofrendo e infelizes. E não, gatos que têm acesso à rua não estão livres e felizes. Como eu sei disso? Porque meu conceito de felicidade e infelicidade felina não está apoiado em meus valores humanos (isso seria um contra senso, não? "Eu sou feliz transando, logo, meu gato é feliz transando também"), mas em como os gatos demonstram felicidade ou infelicidade.

Porém, algumas coisas são universais: nenhum ser espancado é feliz. Nenhum ser envenenado é feliz. Nenhum ser torturado é feliz. Nenhum ser com ferimentos infeccionados é feliz. É só ter noção de causa e conseqüência. Um gato não castrado vai fazer pelo menos quatro gatinhos abandonados em cada gata que encontrar pelo caminho, em suas "andanças". O que acontecerá com esses gatinhos? O que acontece com filhote de gato na rua? Os poucos que sobreviverem farão mais gatos abandonados, e a responsabilidade é do gato que originou tudo isso ou do dono que não o castrou? E a gata na sua casa que tem uma cria que você distribui entre os amigos?

E os filhotes desses filhotes? O que seus amigos farão com eles? E os que fizerem filhotes pelas ruas? Isso não é responsabilidade nossa?

A realidade sobre a castração

Gatos são animais com uma grande profusão hormonal. Bem maior do que a nossa, aliás. Hormônios sexuais que os obrigam a reproduzir a espécie, para que não desapareça. Porém, há uma superpopulação de gatos sofrendo nas ruas e se reproduzindo descontroladamente (todo mundo sabe disso, não é?) logo, não há necessidade de mais reprodução da espécie.

Mas eles não gostam de "transar"? A atividade sexual dos gatos é regulada única e exclusivamente pela atividade hormonal, não tem o apelo emocional que tem nos humanos, por exemplo, nem é sequer prazeroso. Mas como a gente sabe disso? O pênis do gato possui pequenos espinhos, que servem para sangrar a vagina da fêmea, pois o espermatozóide do gato só sobrevive em meio sanguíneo. A dor e o sangramento estimulam a ovulação na fêmea.

O gato tem primeiro que brigar com outros gatos pela fêmea. Após muita briga, gritaria, arranhões, machucados e mordidas, ele vai até a fêmea que o aceita por causa do cio, induzido pelos hormônios. Ele morde a fêmea pela nuca, para imobilizá-la e introduz o pênis espinhoso. Ela grita de dor, não de prazer. E ele a segura para que ela não se mova, e possa, assim, perpetuar a espécie. Quando a solta, ele ainda apanha dela.

Todo esse estresse é dirigido pelos hormônios que não têm a menor consciência de que a espécie sofre com a superpopulação. O gato chega em casa (quando tem casa) todo machucado das brigas e possivelmente não está nada feliz com essa situação, mas não pode evitar.

Quanto aos riscos...eles são animais, têm instintos, não se defendem sozinhos?

Doenças muito comuns em gatos, para as quais não há tratamento eficaz, nem vacina, como Peritonite Infecciosa Felina (PIF), Aids Felina (FIV) e Leucemia Felina (FELV) são transmitidas nas brigas, através de mordidas e do contato sexual. São muito contagiosas entre os gatos, embora não passem para os seres humanos. Como gatos não castrados - ou mesmo castrados - sem acesso à rua poderiam se defender de brigas de gatos infectados?

Além disso, gatos na rua estão sujeitos a atropelamentos (eles não sabem atravessar a rua, não entendem nossas regras de trânsito), envenenamentos, ataques de cachorros (aí sim, até podem correr para se defender, mas o último que eu soube que fez isso escapou de três cachorros que o perseguiam e na fuga colidiu violentamente com um carro que passava na rua e quebrou o pescoço. O motorista nem teve tempo de desviar) e espancamentos por pessoas ruins (de criaturas tão maiores, maldosas e mais fortes não há como se defender).

A castração e a criação indoor evitam que a vida do gato seja abreviada por motivos tão estúpidos. O que pode ser evitado não deve ser considerado acidente, nem visto com naturalidade quando acontece. Se o gato está sob sua responsabilidade, é seu dever protegê-lo do mundo criado pela nossa espécie e para a nossa espécie, tão hostil aos animais domésticos que não têm culpa de terem sido tirados de seu habitat há milhares de anos, perdido grande parte de seus instintos sem a menor possibilidade de desenvolver ferramentas para se proteger em meio aos humanos.

Com tanta castração, gatos não serão extintos?

Gato castrado não se despersonaliza, ele só deixa de ser guiado exclusivamente pelos hormônios. Assim, ele pode viver tranqüilamente sua vida de gato, sem a neurose da perpetuação da espécie a qualquer custo (já que a espécie está mais do que perpetuada).

Mas se todo mundo castrar, eles não serão extintos? Quem se faz essa pergunta não parou para pensar ou nunca procurou sair às ruas à procura de gatos abandonados para alimentar. Eles saem bem tarde da noite, e voltam a se esconder assim que amanhece. Para começar, existem gatos em todos os lugares, se reproduzindo descontroladamente. Alguns nunca sequer serão pegos, pois são extremamente ariscos e morrerão doentes ou sob as rodas de algum carro, não sem antes se reproduzir muito.

Existem gatos nos bairros mais pobres, nas favelas mais distantes, onde as pessoas nem sequer ouviram falar de controle de natalidade e as próprias mulheres têm dezenas de filhos, que acabam não tendo condições de estudo, nem de um futuro. Essas pessoas criam gatos soltos e que se reproduzem descontroladamente, pois essa é sua própria realidade, vai demorar um bocado para que tenham acesso a informação e castração.

Existem pessoas ignorantes - e elas sempre existirão - cujos gatos continuarão a morrer atropelados, doentes, envenenados, assassinados e sem castrar, se reproduzindo descontroladamente.

Existe uma superpopulação absurda de gatos abandonados, que só cresce, cresce e cresce. A possibilidade de extinção diante dessa realidade, parece piada. E é.

E a liberdade? Gatos não são animais livres?

Mais um conceito que enxergamos baseados em nossos valores. O homem gostaria de viver solto, fazendo o que quisesse, andando de lá para cá sem medo e sem noção, transando com todo mundo sem responsabilidade, fazendo filhos que não precisaria assumir, apenas para provar virilidade. As mulheres gostariam de ter milhares e milhares de filhos para provar a maternidade, sem precisar criá-los ou se preocupar com seu futuro, ser desejadas por dezenas de machos, que se matariam por causa delas. É uma visão, de certa forma, romântica, e bem longe da realidade.

A liberdade dos gatos na rua, da forma como imaginamos, não existe. Já falei da relação sexual, que não é nada bonita, nem prazerosa, e nunca poderia ser chamada de "namoro".

A estrutura social dos gatos urbanos é um tanto quanto agressiva. Existe um macho dominante (macho alfa) que, aliás, dificilmente vai ser o seu gato domiciliado (antes que algum homem ache legal a idéia do seu gato ser o macho dominante do pedaço). Eles têm uma sociedade dividida em classes (siiim!!), cada um tem seu território e briga por ele.

Existem caminhos que pertencem apenas ao dono do território (e ninguém pode passar ali), outros caminhos são comunitários e também existem regras de tráfego bem definidas. Se um desavisado cortar o caminho do dono do território, pode até ser expulso, sem conseguir voltar.

Gatos que brigam na rua, guiados por hormônios, podem até se matar em uma disputa violenta, cegar ou machucar profundamente. É um mundo violento, com regras estruturadas.

Mas se é tão ruim, por que eles saem? Seus gatos não vão ficar pensando "Ah, lá fora o fulaninho pode me bater, o cachorro já correu atrás de mim, então acho que eu não vou sair". Eles são curiosos e não têm noção. Embora até consigam se virar bem dentro da estrutura que eles próprios criaram, não conseguem lidar direito com a estrutura dos humanos: carros, motos, gente ruim, veneno, etc. Ao primeiro sinal de perigo, correrão para o lugar em que eles realmente são livres: suas casas (seu território). O gato que citei, que estava fugindo dos três cachorros, foi atropelado enquanto corria, desesperado e atento apenas aos predadores, em direção à casa onde morava com seu "dono". Estava querendo voltar para a segurança de seu território, onde sabia que ninguém o machucaria.


Dentro de casa

Gatos só são mesmo livres dentro de casa, pois ali é o território deles, onde eles se sentem seguros. Mas são curiosos e sempre irão querer passar pelas portas ou janelas que estiverem abertas para eles. Feche a porta de um cômodo qualquer da sua casa e imediatamente aquele será o lugar mais legal do mundo, no qual seu gato irá querer entrar a qualquer custo, até esquecer da idéia.

Gatos que vivem dentro de casa, com as janelas teladas não ficam miando desesperadamente para sair, sinto desiludir quem se apoiava nesse argumento. Mesmo o que eu adotei adulto e morava na rua, miou por apenas uma semana, pois tinha o hábito de sair (e hábito não é necessidade). Quando viu que eu não cederia, resolveu explorar o ambiente interno e começou a brincar, a se adaptar à nova casa.

Hoje ninguém tenta sair, ninguém fica miando desesperadamente, mas também não tenho sequer um gato apático em casa. Agora mesmo, acabaram de brincar de lutinha, o Tiggy está caçando seu ratinho de brinquedo e o Gatão perseguindo uma bolinha. A Ricota está bebendo água. Eles são bem livres dentro de casa, escolhem seus lugares preferidos, seus brinquedos preferidos, brincam bastante, comem bem e depois dormem junto da gente (ou no sofá da sala, quando está muito calor).

Assistem à janela como assistimos à TV, curiosos com a movimentação de vizinhos, cachorros e pássaros. Eles são pequenos, até mesmo um apartamento de um quarto, como aquele em que eu morava no Rio, é um mundo para eles, pois ao contrário dos cachorros, eles sobem nos móveis, entram embaixo das coisas, o espaço não é apenas horizontal, tem várias possibilidades.

Meus gatos não são exceção, todo mundo que tem gato castrado sem acesso à rua sabe que eles vivem muito melhor do que os que tivemos em casa pelo método "antigo". Quero ver alguém me dizer, por exemplo, que os gatos da Renata são infelizes porque não saem na rua:


http://br.youtube.com/profile_videos?user=Renata34&p=r


E isso não é egoísmo. Garanto que seria muuuito mais cômodo ter meu gatinho para brincar e apertar, mas não ter o trabalho de levar ao veterinário, me responsabilizar por ele o tempo todo e ainda ter a tranqüilidade de dizer que ele "sumiu" ou que foi morto e culpar o vizinho, depois arrumar outro gato, sem peso algum na consciência.

O cara que odeia animais e envenena o gato que aparece sempre em sua casa está certo? Não. Alguma coisa justifica o que ele fez? Não. Mas ele não é obrigado a aceitar um bicho que ele não gosta em seu quintal. Não é mesmo. Isso não o faz menos assassino, não o faz menos monstro, não o faz menos malvado, nem menos psicopata, nem menos imbecil, covarde, fraco e babaca. Isso não faz com que ele esteja certo ao maltratar, mas mostra que ele não é o único responsável por esse acontecimento, pois ele não foi na casa da menina para matar a gata dela, ele teve seu espaço invadido por uma criatura que ele não sabe respeitar.

É exatamente a mesma coisa de dizer que um pai é co-responsável pela morte de sua filha de dois anos, que ele deixou sair às onze da noite até a casa de um vizinho que já era suspeito de assassinar crianças, inclusive o irmão mais velho da menina. Não dá para dizer "é a vida", nós temos responsabilidades e devemos assumí-las.

Uma criança não conhece a estrutura da nossa sociedade e os perigos da rua, é pequena, sem maldade e fraca demais para conseguir se defender de adultos, maldades e acidentes. Um gato adulto tem como se defender em sua sociedade felina, mas essa sociedade é estruturada dentro da nossa sociedade e das nossas ruas, para as quais ele também é pequeno, fraco e sem maldade, incapaz de se defender sozinho e supor os perigos que não são naturais, foram criados pelo homem.

Meu gato é louco para entrar dentro do forno. Se eu abro a porta, tenho que cuidar para que ele não se jogue lá dentro. Mas ele não tem instintos que deveriam protegê-lo dessa vontade? Pois é, avise isso para ele. Não é porque ele tem curiosidade de entrar no forno que eu vou achar que ele precisa entrar lá, que ele gosta e vai sofrer se eu não deixar. Se eu deixar e um dia ele entrar no forno ligado e se queimar, não posso dizer que foi culpa dele ou que "pelo menos ele morreu feliz, fazendo o que queria". Seria um tanto quanto irresponsável de minha parte, não?

Dizer que eles são livres nas ruas, que essa é a "natureza" do gato e que eles têm que "namorar" e são infelizes dentro de casa é argumento de quem não tinha até agora informação suficiente sobre a realidade da sociedade deles, da natureza deles e da vida de gatos castrados e sem acesso à rua.

Gostaria que ninguém comentasse absolutamente nada antes de ler (e ter certeza de que entendeu, nem que precise ler mais de uma vez) tudo o que escrevi. Sei que é muita coisa, mas também sei que ninguém está interessado a exercitar preguiça mental e que todos têm interesse em informações, não apenas em manter suas opiniões arraigadas e "ganhar a discussão". Eu não quero ganhar nada, meu interesse é ver menos gatos nas ruas, e esse é o único caminho.

Assunto sem fim

Já escrevi um ensaio sobre isso. Quem quiser ler, por favor, fique à vontade:


http://vanessalampert.blogspot.com/,

Nesse artigo também estão listadas as fontes que usei para pesquisa e também para saber o que eu repeti neste post que acabo de escrever aqui.



PS: Resolvi escrever esse texto porque cansei de repetir sempre as mesmas coisas e ouvir sempre os mesmos argumentos que já foram mais do que refutados pela prática. É consenso entre as entidades sérias de proteção animal de que a castração e criação indoor (sem acesso à rua) é a melhor forma de cuidar de gatos e ao mesmo tempo proteger a espécie. Acredito que quem gosta de gato não gosta apenas do seu gato, mas de todos, e se preocupa com a espécie inteira.

Idéias pré-concebidas e mais do que ultrapassadas, mitos como o que prega que a castração deixa o animal letárgico, que a castração deixa o animal infeliz, que gato precisa "dar voltinhas", que gato se apega à casa e não ao dono, que mulher grávida pode pegar toxoplasmose acariciando qualquer gato (argh, por favor, se você não tem o hábito de comer fezes de gato infectado pelo toxoplasma expostas no ambiente por 48 horas, ou comer a carne crua de gatos infectados pelo toxoplasma - e poucos gatos são infectados - não se preocupe com uma possível transmissão de toxoplasmose pelos gatos. Muito mais importante é cuidar da higiene dos vegetais que você consome e do cozimento da carne que você costuma comer. Toxoplasmose se pega por via oral, dessas maneiras), que gato é traiçoeiro, etc. etc. etc. são coisas que só prejudicam aos pobres animais, que nada têm com a ignorância humana. E além de prejudicar os gatos, me deixam muito, mas muito revoltada e chateada por ver o quanto minha espécie ainda está atrasada.

E de uma vez por todas: é muito fácil não dar acesso à rua a um gato castrado (e de preferência, castre as fêmeas antes do primeiro cio, com quatro ou no máximo cinco meses. Não, não há risco maior que os benefícios nesse caso. E os machos, com cinco ou seis meses. Embora possa ser feita a castração precoce, mas aí o procedimento é diferente), basta instalar redes de proteção em todas as janelas (inclusive nos vitrôs).

A quem mora em apartamento, redes de proteção são obrigatórias, mas se você mora em casa e quer que seus gatos tenham acesso ao quintal, pode telar os muros e o portão, de maneira a não deixar nenhum lugar pelo qual ele possa escapar. Algumas idéias de tela nesse site:

http://mopibichos.sites.uol.com.br/modelosdetela.htm

PS2: Eu estou gripada e quando não estou me sentindo fisicamente bem, minha paciência fica um pouco mais prejudicada do que o normal, então resolvi publicar aqui esse post, para facilitar a divulgação dessas informações. Inclusive da próxima vez em que precisar explicar tudo isso vai ficar muuuuito mais tranquilo: é só colar o link. Coisas que só ter seu próprio blog faz por você. :-)

Disponível em: http://escritarupestre.blogspot.com/2008/03/alguns-esclarecimentos-quem-insiste-em.html

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nota de agradecimento


Em nome de toda a comunidade docente e discente da UFPB, agradecemos a sensibilidade e apoio incondicional dados pelos meios de comunicação, especialmente, as redes de televisão que abraçaram, com extrema dedicação, a nossa causa humanitária.
            Aproveitamos a oportunidade para informar-lhes que nosso trabalho prossegue. Não podemos parar! Para fortalecer nossa luta contra o abandono de animais em nosso Campus, buscamos, além daquilo que já é de conhecimento público, o apoio do Magnífico Reitor e do Chefe da Divisão dos Servições Gerais. Enviamos-lhes solitações por meio das quais expressamos o desejo de que medidas cabíveis sejam tomadas, pois acreditamos que, somente assim, o problema poderá ser resolvido em sua totalidade.
             Mais uma vez agradecemos e, ficam registrados, aqui, nossos votos de estima e apreço.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

FINAL FELIZ: Hana


Essa coisa fofa aí é a Hana. Foi encontrada quase cega, dentro de uma caixa d'água vazia num espaço abandonado lá no centro de educação. Tinha caído lá dentro e se nós não a tivéssemos achado, provavelmente teria morrido de fome. Agora encontrou um novo lar e está muito bem de saúde, mas ainda precisa ficar usando um colírio que o vet. receitou por tempo indeterminado. Com certeza está sendo muito amada e bem cuidada em seu novo lar!!!


FINAL FELIZ: Menininha



Essa aí é uma das tricolores que circulava pela Praça da alegria. Olha agora a mordomia!!! Toda carinhosa com a nova família, dando até massagem no irmãozinho (ou será irmãzinha?). Parabéns a mamãe dessa linda gatinha, por ter lhe dado um lar e uma bela família!!! =^.^=

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sobre castração/ esterilização

Durante nossa campanha, incentivamos a POSSE RESPONSÁVEL, que inclui, entre outras coisas, a castração do animal de estimação. Ao falar sobre isso, percebemos que muitas pessoas estão desinformadas sobre o assunto, afirmando que a castração seria "crueldade com o animal". Tal preconceito, em primeiro lugar, deriva do fato de as pessoas acreditarem que o modo como os animais lidam com a relação sexual seja o mesmo modo como nós lidamos, o que é absurdo, pois animais acasalam por instinto, não por vontade. No texto da médica veterinária Neísa Teixeira Lourenço (UFF 1980) de Juiz de Fora, MG, é colocada todas as questões que envolvem o procedimento da castração (tanto para cães quanto para gatos) e seus benefícios tanto para o animal quanto para o seu proprietário:

Castração

Algumas pessoas se ressentem ou até se escandalizam quando os veterinários aconselham que castrem seus animais.
MAS.....
Você já parou para olhar a quantidade de cães de rua que a cidade que você mora possui?
Você já parou para pensar na quantidade de doenças (as chamadas zoonoses) que eles podem abrigar e posteriormente transmitir aos seres humanos?
E aí? O que fazer? Agir como em Bogotá onde o prefeito mandou exterminar todos os animais encontrados soltos nas ruas?
Ou deixar a "carrocinha" pegar estes animais para levá-los para um depósito, onde a grande maioria é exterminada?
Acho que nada disso é solução !!!!
E o problema não se resume somente nos animais que já estão nas ruas.
O problema real é o aumento desta população, sendo este aumento determinado não somente pela reprodução destes animais, mas também pelo acasalamento indesejado de animais que possuem dono. Estes proprietários, não tendo conhecimento nem condição de lidar com as constantes proles (ninhadas) nascidas em sua casa, as deixam "ao Deus dará", acabando estes animais indo parar nas ruas.
Segundo a WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal), uma única cadela, com uma vida reprodutiva de 6 anos, pode gerar 100 (cem) descendentes, enquanto uma gata em apenas 2 anos pode deixar 200 (duzentos) descendentes. São números realmente assustadores, desconhecidos da maioria das pessoas. Mas estes números provam que tentarmos reduzir a população com apreensão e eutanásia é, no mínimo, falho, além de ser um crime.
Além do método ser falho, a apreensão pode determinar a disseminação de várias doenças.
Imaginemos a situação em que o seu animal de estimação foge para um passeio na rua, sendo apreendido juntamente com outros animais, alguns dos quais, de rua. Algum destes animais errantes pode estar doente, e contaminar o seu. Quando você vai ao depósito retirar o seu animal, você pode estar levando para dentro da sua casa, para a sua rua, para o seu bairro, doenças que, por não serem usuais da região, encontrarão terreno adequado para se alastrar, contaminando toda uma população que antes não estava doente.
. a solução para estes problemas todos seria a castração
. A CASTRAÇÃO É UMA OPERAÇÃO SEGURA, QUANDO FEITA POR UM BOM MÉDICO VETERINÁRIO. OS ANIMAIS, GERALMENTE, SE RECUPERAM DA CASTRAÇÃO EM APROXIMADAMENTE UMA SEMANA, COM DESCONFORTO MÍNIMO.


.VANTAGENS:

- EVITAR NINHADAS NÃO DESEJADAS

Ah!, você diria: "Eu jamais colocaria uma ninhada de minha cadela / gata na rua".
. Está certo, mas o que fazer com os filhotes se ninguém os quiser? E os futuros donos, tratarão tão bem seus "netinhos" como você? Não esqueça que as vezes um filhote só é atraente enquanto é filhote, ou enquanto não destroi o sofá da casa nem faz xixi no tapete novo, ou enquanto não fica doente.
. E os machos que tem dono que fogem de casa e acabam cruzando com uma fêmea de rua? Além de aumentar a população de rua teríamos o perigo também da transmissão de doenças venéreas.

- ANIMAIS CASTRADOS SÃO MAIS SAUDÁVEIS

.Tanto machos comos fêmeas têm menos chances de desenvolver problemas de tumores e infecções nos órgãos reprodutivos.
. Os machos, depois de castrados, têm menos chances de desenvolver problemas de próstata e tumores de testiculares.
. A castração reduz o risco da cadela/ gata ter tumor de mama. Se a cadela /gata foi castrada antes do primeiro cio, (aproximadamente seis meses), o risco dela desenvolver tumores mamários é muito reduzido. O Tumor Mamário é, normalmente, um tipo de câncer muito comum em cadelas/ gatas idosas que não foram castradas. Além disso, cirurgia na fêmeas imaturas é menos propensa a complicações. A remoção completa dos ovários elimina a possibilidade de cânceres ovarianos ou uterinos, que são ocorrências comuns em fêmeas não castradas.
. Com relação às fêmeas, pode ser que elas não sejam boas mães, implicando em risco para a ninhada e em trabalho extra para você. Ou ainda, ela pode precisar de auxilio de emergência durante o parto [por exemplo, uma cesariana] colocando em risco sua vida, e aumentando sua despesa.

- PASSEIOS CONTROLADOS

.Um macho que sente por perto uma fêmea cio pode demolir portas e saltar cercas e ficar vagando pelo o bairro a procura da cadela. Animais castrados fogem menos e com isso levam uma vida mais segura, sem os perigos da vida na rua, para os quais seu animal acostumado em casa, não está preparado, inclusive com o risco de ser pego pela carrocinha.
.Diminui também as brigas com cães vadios reduzindo assim, o risco de danos, infecções, atropelamentos e livrando você de altas contas no veterinário.
. Além do perigo do passeio pelas ruas, existe o risco de seu animal macho cruzar com alguma fêmea de rua, o que, sem contar com o aumento população de rua teríamos o perigo também da transmissão de doenças venéreas.

- MUDANÇA DE COMPORTAMENTO

. Animais castrados são mais contentes e comportados.
. A castração precoce reduz o aborrecimento e constrangimento do machinhos ficarem "montando" nas pernas das pessoas ou na mobília.
. A castração não transformará seu cachorro/ Gato em um "frouxo ", e ele nunca saberá o que está perdendo, mesmo que já tenha cruzado alguma vez. O animal não sabe bem o que é prazer, não acorda um belo dia querendo cruzar. Ele tem vontade sim, mas por um simples mecanismo hormonal; logo se tirarmos seus testículos, este estímulo hormonal desaparece, e ele não sente mais vontade de cruzar. É diferente do caso do ser humano, que se fosse castrado, sentiria a vontade mas não conseguiria; no caso do animal, esta vontade não existe após a castração
. Algumas pessoas acham que o animal ficará preguiçoso e gordo. Mas nem sempre isto ocorre. Se a castração for realizada precocemente não levará o animal à obesidade. Quando feita depois do animal adulto realmente ele ficará com uma tendência a engordar, o que pode ser controlado com uma rotina de brincadeiras e exercícios, além de não podermos deixá-lo comer demais.
. Alguns proprietários acham que por ser um cão de guarda este animal não deve ser castrado. Mas a castração não afeta os instintos naturais de um cachorro para proteger sua casa e família.

- MELHOR CONVIVÊNCIA EM CASA

. A castração resulta em uma fêmea mais limpa em casa. Todos os proprietários de fêmeas sabem como é incômodo o sangramento que ocorre no cio (aproximadamente dez dias, duas vezes ao ano). Removendo os ovários de sua cachorrinha este problema é eliminado.
. Castração precoce também ajudará ao treinamento p/ urinar no local certo, diminuindo a incidência de urina "nos cantinhos" que o macho faz por razões territoriais

- RAZÕES PARA NÃO CASTRAR (Mitos)

- ANIMAIS DE RAÇA, ANIMAIS COM PEDIGREE

.Um Pedigree não é uma indicação de qualidade, nem mesmo a presença de campeões no seu pedigree. Alguns animais são excelentes representantes de sua raça, mas não geram filhotes de boa qualidade. Além disto determinadas raças possuem características indesejáveis que passam para seus descendentes, não sendo aconselhável seu cruzamento. Pesquise os problemas de saúde comuns em sua raça e sugira uma avaliação de seu veterinário com relação aos defeitos genéticos que seu animal possa vir a passar para seus filhotes.

- GOSTARIA DE UM FILHOTE IGUAL AO MEU 

- Mas meu cachorro /gato é tão especial, eu quero um cachorrinho/ gatinho como ele.
. Seu cachorro ou gato pode ser um animal muito especial. Mas isso não garante a você que seus filhotes vão ser iguais a ele. Até porque temos que levar em consideração também as características do outro parceiro; não sabemos se a ninhada sairá parecida com o pai ou com a mãe.
 
- QUERIA QUE MINHAS CRIANÇAS VISSEM O MILAGRE DO NASCIMENTO

Até mesmo se suas crianças estiverem dispostas a verem seu animal parir - que é improvável que isso aconteça, uma vez que normalmente o parto ocorre à noite e a cadela se isola - a lição que você realmente estará ensinando é que animais podem ser gerados e descartados como uma roupa.
. Além disso, lembre-se que o parto é uma situação delicada para a cadela/ gata. Ela precisa de tranquilidade; algumas fêmeas, inclusive, ficam agressivas, não permitindo que muitas pessoas se aproximem.
. E se a sua cadela que está parindo começar a ter complicações e correr risco de vida? Isto não seria nada interessante para as crianças.
. Ao invés disso, você deveria explicar às suas crianças que o real milagre da vida é sabermos prevenir nascimentos nãs desejados, de forma que não tenhamos que arcar com conseqüências depois.



Mais informações sobre o assunto:







Por que castrar meu animal?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dúvidas frequentes sobre adoção

1. nunca tive gatos. Vou saber cuidar?
gatinhos são animais bastante auto suficientes. Como são muito limpos e silenciosos, não dão muito trabalho. Existem vários livros e sites que ensinam tudo a respeito de cuidados com os bichanos. Procure também um veterinário de confiança: um bom profissional estará sempre pronto a resolver todas as dúvidas. 
 
2. já tenho gatos. Será que vai dar certo?
são raros os casos em que o gato da casa aceita instantaneamente o novo gato, mas existem... Normalmente, no entatanto, o gato da casa vê o novo bichinho como um intruso, e vai reagir para mostrar "quem é que manda". A apresentação deve ser feita aos poucos e delicamente.

3. tenho um cachorro. Será que vai dar certo?
gatos e cães podem aprender a conviver pacificamente, brincarem juntos e até serem amigos. Tudo vai depender do modo com que é feita a adaptação, e da personalidade do cão e do gato.

4. por que o gato não deve ter acesso à rua?
existe a crença de que o gato é um animal que precisa de "espaço e liberdade". Apesar disso, a expectativa de vida de um gato que tem acesso à rua é de cinco anos, sendo que gatos que moram dentro de casa chegam a viver mais de vinte anos. Nas ruas, há o grande perigo de atropelamentos, de maus tratos, de envenenamento, de roubo, de cachorros e de doenças. Geralmente, quem já teve gatos soltos conta que o gato simplesmente "sumiu um dia". Esse "sumiço" foi muito provavelmente uma morte trágica.

5. moro em casa. E se o gato fugir?
antes da chegada do novo gatinho, pense se sua casa está preparada para recebê-lo. Ele vai ter acesso a quintais? Neste caso, se os muros não forem bem altos, deverão ter uma proteção de tela na parte de cima. Outra opção é telar as janelas da casa, e só permitir o acesso a quintais sob supervisão. Todas as pessoas da casa, inclusive os empregados domésticos e as crianças, devem ter consciência que o gato não deve sair, e cooperar para isso. Sim, é possível mantê-los dentro de casa, e bem mais felizes que correndo riscos nas ruas. 

6. moro em apartamento. Tudo bem?
sim, contanto que as janelas (inclusive os vitrôs) sejam telados. Gatos caem por acidente, fato extremamente comum, e não se suicidam, como diz a crença popular.

7. sai caro manter um gato?
ao adquirir qualquer animal, você deve estar consciente que este é um compromisso a ser assumido a longo prazo. O animal deve ser castrado, vacinado anualmente, ser alimentado com ração de boa qualidade (isso poupa gastos com o veterinário, pois mantém o gato saudável). Deve-se também estar preparado para arcar com despesas médicas, que podem surgir, por mais bem cuidado que o animal seja.

8. tenho que castrar?
mesmo que o gato não tenha acesso à rua, é importante castrar porque isto evita doenças sexualmente transmissíveis, aumenta a longevidade, diminui riscos das fêmeas desenvolverem câncer de mama e de útero, além do comportamento mais dócil em ambos os sexos.


9. tenho que vacinar?
sim, pois evita doenças neles mesmos e a propagação para outros gatos.

10. passo muito tempo fora de casa. O gato vai se acostumar?
gatos gostam de companhia, tanto humana quanto felina. Se você fica muito tempo fora de casa, pense em adotar dois gatos. Assim um fará companhia para o outro. Se você só pode adotar um, providencie brinquedos e distrações para que o gatinho tenha o que fazer enquanto você está fora. E ao chegar, dedique algum tempo exclusivamente para ele.

Disponível em: http://www.adoteumgato.com.br/faq.htm 


A última proposta é bem interessante. Se puder, por que não adotar mais de um gatinho? A felicidade é garantida e depois, você vai querer mais!!! =^.^=

 

Um amigo de qualquer idade

As vantagens de se adotar um animal adulto

Para quem pensa em ter um cão ou um gato, adotar um animal adulto pode ser não uma boa, mas a melhor opção. Por não terem os atributos de um filhote, que tanto seduz e leva muitas vezes a agir por impulso, eles aguardam, durante muito tempo, por uma chance. Mas, a exemplo de outros países como os Estados Unidos, em que muitos estados têm carência de animais para adoção, isso pode mudar.
Dizer que animais adotados já adultos não reconhecem seus adotantes como donos é um preconceito. [...]A timidez dos felinosGatos adultos tendem a ser mais limpos, calmos, educados e obedientes do que os filhotes. Porém, a adaptação a um novo lar pode ser um processo delicado se o animal tiver sido maltratado ou crescido sem muito contato com seres humanos. Segundo Andrea Podolski, responsável pelo Projeto Bicho no Parque, o felino é um animal que não gosta muito de mudanças e demora mais para se acostumar. “Enquanto o cachorro geralmente leva algumas horas, o gato demora alguns dias para a adaptação”, diz ela.
A secretária executiva, Cleiser Jaqueline Lopes, que adotou a gata Ricota, sentiu o desafio dos primeiros dias na pele, com uma gata que havia sofrido maus tratos. “Na primeira semana achei que ela fosse morrer. Ela ficou sete dias escondida debaixo do sofá, sem comer, beber água ou usar a areinha”, revela.
Cleiser pensou em desistir, mas é muito grata por não tê-lo feito, porque depois de alguns dias teria uma grande recompensa: “Deixei-a à vontade e aos poucos ela foi se adaptando ao ambiente. Hoje ela é um doce, super-carinhosa, dorme conosco na cama e faz uma festa quando a gente chega em casa”, festeja a secretária.
A gata Pantone da engenheira Cristiana Parada tinha histórico difícil e foi justamente por isso que sua dona a escolheu. A bichana surpreendeu ao reconhecer o seu novo lar imediatamente. Sua dona, que já tinha dois outros gatos, afirma que Pantone é a mais carinhosa e companheira. “Ela é daquelas que pula no colo, amassa a roupa e pede carinho sempre”, conta.
Em casos mais difíceis, a adaptação pode durar até dois meses e geralmente acontece com animais ariscos, que não tiveram muito contato com seres humanos. Para se ter sucesso na adoção de um gato adulto, Andrea Podolski dá a receita: “O principal é respeitar o espaço e o tempo dele, conseguir segurar a ansiedade de querer tocá-lo e ter sua amizade imediatamente”.
 

Então fica a dica: Quando adotar seu gatinho, mesmo que ele não seja do jeito que você esperava que fosse, saiba respeitar os limites e o espaço dele, o compreende e lhe dê amor, que com certeza você será recompensado!!!


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Centro de Controle de Zoonoses, a perigosa fronteira entre a eutanásia e a adoção*

É permitido, aos Centros de Controle de Zoonoses, praticar a eutanásia em animais,desde que realizada com métodos humanitários.O sacrifício eutanásico com o mínimo de sofrimento é feito com o intravenoso de barbitúrico anestésico que deprime o sistema nervoso central.Por ser mais dispendioso é rejeitado pela maioria das prefeituras, onde ocorrem uma verdadeira matança, tiram a vida de um animal, simplesmente, por não saber o que fazer com ele, utilizando-se de métodos extremanente cruéis.
Os CCZs também podem fazer o encaminhamento de animais para laboratórios e faculdades de ciências biológicas, onde servem como cobaias em experimentos, testes de drogas ou aulas. Estes animais terminam por ter uma morte lenta e dolorosa. São considerados pelos laboratórios como material barato e nas faculdades são muitas vezes manipulados por estudantes despreparados. Isso é um ato muito cruel, comprometendo a responsabilidade moral e ética destes futuros profissionais.A indiferença para com um animal pode levar a indiferença para com o ser humano.E,isto para um profissional da área da saúde, constitue numa tragédia.
Cabe a sociedade questionar em nome do direito à vida e ao bem estar dos animais e em favor da decência humana e do respeito entre todas as espécies, a razão do sacrifício sistemático e indiscriminado destes animais, e sua real eficácia em relação ao controle das zoonoses, e qual deve ser o papel desempenhado pelo Ministério Público nessa conjuntura.
Os CCZs deveriam fiscalizar e garantir a saúde e o bem estar dos animais e estimular a fiel aplicação dos preceitos constitucionais e legais que preconizam a posse responsável destes seres vivos por seus proprietários, contudo, são os primeiros a violarem a norma legal e darem maus exemplos, estimulando a impunidade e a barbárie, ao pôr em prática certos procedimentos, em relação aos animais que captura, mantém em confinamento e extermina.
Os responsáveis pela captura de animais soltos nas ruas, atualmente, em virtude das políticas administrativas adotadas, não possuem infra-estrutura nem pessoal qualificado suficiente sequer para atender as solicitações da comunidade, muito menos para realizar a separação dos animais apreendidos, pois cães sadios são confinados com doentes, animais grandes com pequenos, cães de guarda com cães de companhia.Sendo, que o único critério adotado para a separação dos cães é o local da cidade (ou bairro) onde foram apreendidos. Isto, em vez de conter os casos de zoonoses, acabam por transformar estes centros em verdadeiros difusores destas doenças.
Considerando que uma fêmea pode gerar em alguns poucos anos milhares de descendentes, não é necessário um grande esforço intelectual para concluir que matar não oferece solução ao problema da superpopulação animal. O extermínio sistemático adotado pelos CCZs é irracional, cruel e indigno da condição de seres humanos, não sendo mais este método considerado eficaz ao controle, nem a erradicação das doenças infecciosas transmissíveis , naturalmente entre animais vertebrados.
A Constituição da República prevê, expressamente, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e as futuras gerações” (artigo 225), dando a incumbência, entre outros, ao Poder Público, de “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade” (inciso VII).
O meio ambiente “tendo em vista o seu uso coletivo, deve ser protegido e assegurado, pois, trata-se de um patrimônio público” (artigo 2º, inciso I, da Lei Federal 6.938, de 31 de agosto de 1981).É, assim, que o artigo 3º, inciso V, da supracitada lei, considera como bens necessariamente integrantes do meio ambiente a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas,os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a flora e a fauna. De modo que toda vida animal de uma determinada área, sem levar em conta sua categoria silvestre, exótica, migratória ou doméstica, além dos microorganismos , fazem parte do meio ambiente, seja sob o enfoque cientifico ou legal.
Diante dos maltratos que são submetidos,os cães e gatos capturados pelos Centros de Controle de Zoonoses, verifica-se as alterações adversas de ordem física, psíquica e moral, decorrentes do tratamento cruel a que são submetidos tais animais nos procedimentos de captura, confinamento e sacrifício, configurando, deste modo, a crueldade praticada , pode ser considerada como um crime ambiental.
A verdadeira finalidade dos Centros de Controle de Zoonoses deveria ser preventiva, através de campanhas educativas, evitando a procriação descontrolada de animais, desestimulando a comercialização de filhotes e incentivando a adoção de animais abandonados.As verbas governamentais precisariam ser direcionadas para esterilização e vacinação dos animais.
A nova imagem dos Centros de Controle de Zoonoses, voltada para o bem estar animal, é o anseio de protetores de animais, sérios e equilibrados, que buscam encontrar novas soluções, apoiados por veterinários, comprometidos com sua vocação e dispostos a valorizar o animal na sociedade.
Os Centros de Controle de Zoonoses sempre foram classificados como os vilões,mas hoje sabemos que a culpa também está na posse irresponsável.Adquiridos por impulsividade, estes animais acabam sendo vítimas de abandono, sem terem seus sentimentos respeitados e nem os cuidados necessários para garantir uma condição digna de vida.
O problema do abandono é de natureza social e cultural. A questão não se resume em encontramos a melhor maneira de tirar os animais das ruas e sim, impedirmos que sejam conduzidos a esta situação.Não existe um método melhor ou pior de sacríficio,quando o resultado é a morte. A adoção é única esperança de uma nova vida para os animais que se encontram nos CCZs, mas raramente elas ocorrem.Na maioria das vezes, o indefeso animal é entregue para ser morto, pelas mãos de quem o criou.Este procedimento , consiste numa atitude degradante e inaceitável.
O respeito ao direito dos animais, assim como as riquezas naturais, precisam também passarem a ser encarados como potenciais turísticos , pois demonstra que existe na cidade um alto grau de civilidade.O turismo, também se faz, estimulando a cidadania.
O XXX Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária, realizado de 5 a 9 de outubro em Manaus, apresentou de maneira pioneira, o Simpósio de Proteção Animal, presidido pela Dra. Maria Lúcia Metello.Foi um dos mais concorridos do evento e contou com palestras da advogada Drª Edna Cardozo Dias, Presidente da Liga de Prevenção à Crueldade Contra o Animal, do médico-veterinário Dr. Willian de Miranda Bonfim, Diretor do Centro de Controle de Zoonoses de Natal, RN, e do médico-veterinário Dr. Marcelo Wada, da Funasa, de Brasília.
A sessão de encerramento do congresso foi marcada pela feitura de uma moção solicitando adoção de novas políticas para os CCZs do Brasil:
- Considerando que os Centros de Controle de Zoonoses não têm uma definição uniforme em âmbito nacional quanto à sua funcionalidade ou instalações e tratando-se de instituições públicas de real importância e interesse para a classe médico-veterinária, solicitamos que a SBMV possa encaminhar os seguintes pleitos:
1º) Os Centros de Controle de Zoonoses deverão ser instituições autárquicas legalmente constituídas em âmbito municipal, estadual ou federal.
2º) Definir funções de forma uniforme para todos os Centros de Controle de Zoonoses do Brasil, guardadas as suas complexidades regionais.
3º) Exigir o cumprimento das diretrizes das instalações conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde.
4º) Exigir um quadro funcional de nível superiror cuja maioria seja de médicos-veterinários e com gerência ou direção ocupada por médico-veterinário.
5º) Os Centros de Controle de Zoonoses devem instituir um Conselho Consultivo, em caráter permanente, presidido por médico-veterinário, composto, quando possível, por um representante dos seguintes segmentos: comunidade, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Biologia, Corpo de Bombeiros, Secretarias de Saúde, da Agricultura e Meio Ambiente e respectivos Ministérios.
6º) Todos os Centros de Controle de Zoonoses deverão instituir, de forma efetiva e sistemática, as seguintes ações para controle populacional de animais que impliquem em risco para a saúde pública no meio urbano e/ou rural (quando necessário):
a) Levantamento censitário da população animal;
b) Programa de esterilização em massa;
c) Identificação compulsória de animais;
d) Instituição legal de Posse Responsável;
e) Instituição de Programação de Adoção com animais devidamente esterilizados, vacinados e vermifugados e como sorologia negativa para zoonoses endêmicas.
7º) A resolução nº 714/CFMV, que trata da EUTANÁSIA ANIMAL, deverá ser aperfeiçoada ou reformada, visando definir métodos técnicos mais humanitários e dignos, tanto para os animais quanto para o profissional que a executa.
8º) Os Centros de Controle de Zoonoses devem seguir a legislação federal RDC 33 – ANVISA, a qual determina a forma de coleta, transporte e descarte de resíduos biológicos, sepultamento ou incineração de carcaças, partes de, ou cadáveres animais.
A adesão , através das vinte e três assinaturas, de diversos e importantes profissionais em apoio, representa uma enorme perspectiva para que a causa animal consiga atingir seus objetivos mais importantes, dentre eles, destacamos a esterilização de cães e gatos ao alcance das pessoas de baixa renda.
Por outro lado, permite uma proximidade entre os representantes da proteção animal e da classe veterinária na busca de uma solução concreta para o problema do abandono de animais no Pais.


*Por Vininha F. Carvalho Vice-presidente da Liga de Prevenção a Crueldade Contra o Animal, ambientalista, economista e administradora de empresas. Disponível em: http://ecoviagem.uol.com.br/ecoviagem-brasil/artigos/centro-de-controle-de-zoonoses-a-perigosa-fronteira-entre-a-eutanasia-e-a-adocao.asp

domingo, 15 de agosto de 2010

Gatos abandonados na UFPB: De quem é a culpa?

O abandono de animais dentro da UFPB é um grave problema que traz transtornos a toda comunidade acadêmica, e por este motivo não deve deixar de ser discutido. Muitos se dividem entre aqueles que apóiam a permanência dos animais na instituição e entre os que endossam a responsabilidade do poder público para com estes animais, defendendo a retirada imediata destes pelo Centro de Controle de Zoonozes, órgão municipal responsável pelo controle de animais abandonados.
Mas, afinal, como estes animais chegaram ao campus? Essa pergunta facilmente encontrará resposta se procurarmos, na esmagadora maioria das vezes entre professores, alunos e funcionários desta instituição, pessoas que abandonaram seus animais ou até mesmo crias indesejáveis destes.
Devemos culpar os animais por um problema que nós mesmos causamos? Pois mesmo que jamais tenhamos abandonado animais dentro da instituição, quantas vezes somos irresponsáveis com os animais que temos nas nossas casas, deixando que procriem desenfreadamente, tenham acesso à rua, etc.? Quantas vezes presenciamos alguém abandonando seus animais e o denunciamos? Quantas vezes compramos animais e deixamos que procriem, para alimentar um comércio, enquanto milhares morrem abandonados?
É primordial refletirmos sobre a nossa conduta enquanto seres humanos, antes de nos voltarmos contra qualquer outro ser que, ironicamente, definimos por “irracional”.
Atos de abuso e crueldade contra animais eram apenas infrações. Com a LEI n. 9.605, de 12/02/1998, regulamentada pelo Decreto n. 3.179/99, tais atos passaram a ser crimes. Esta Lei dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio a mbiente e dá ouras providencias.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus–tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos;

Esta lei também inclui abandono de animais, portanto, quem for pego abandonando animais dentro da UFPB, estará cometendo um crime federal dentro de uma instituição federal.

A melhor maneira de ajudar um animal abandonado é o adotando. Se não puder fazê-lo, divulgue para a maior quantidade de pessoas possível, e nos ajude a salvar vidas!!!

Se você não tem tempo ou paciência para criar um filhote, que é mais brincalhão e exige mais cuidados, adote um animal adulto. Você já saberá que personalidade ele tem e poderá escolher um que se encaixe com o seu perfil. Animais adultos também são muito gratos e fazem de tudo para agradar. Eles querem agradecer a chance de um lar, depois de tanto tempo de sofrimento e uma vidinha injusta.

Jamais esqueça que os animais abandonados são responsabilidade de todos nós. Os seres humanos os domesticaram e os trouxeram ao seu convívio.

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante." - Albert Schwweitzer ( Nobel da Paz - 1952)


Zoonozes nos gatos


As zoonoses são doenças que podem ser transmitidas do animal para o homem e vice-versa. Muitas pessoas se alarmam com relação a algumas doenças que podem ser transmitidas pelos nossos amigos peludos. Isso acontece devido ao desinteresse de muitas pessoas em buscar informações, preferindo tratar o problema com preconceito.

Abaixo encontra-se listadas algumas zoonozes causadas por estes animais e como preveni-las.

1) Toxoplasmose

A infecção pelo protozoário toxoplasma gondii. Os felídeos são o hospedeiro definitivo, onde se fecha o ciclo de vida do parasita.

Os gatos se tornam infectados após a ingestão de animais caçados, ou de carne crua contendo os trofozoítos. Após a infecção, os gatos excretam oocistos em suas fezes durante uma ou duas semanas. Os oocistos se tornam infectantes em dois ou três dias, e podem sobreviver no ambiente por diversos meses. Portanto, se você limpa a caixa sanitária do seu gato todos os dias e possui hábitos de higiene como lavar bem as mãos, não tem o que temer.
Estudos comprovam que a maior fonte de infecção humana, não é por fezes de gatos, mas sim por ingestão de carne mal passada e verduras mal lavadas (Veterinary Technician, September,1992).

Com cuidados básicos de higiene, não há porque temer estar com seu gato durante a gravidez.

A infecção raramente produz moléstia clínica em seres humanos adultos, a menos que estejam imunocomprometidos. A infecção congênita do feto humano através da transmissão placentária, representa a maior ameaça aos seres humanos. A infecção congênita pode levar a uma grave moléstia por ocasião do nascimento, e as afecções oculares, mais tarde, durante a vida do indivíduo. Alguns cuidados durante a gravidez: ao manusear carnes cruas, verduras ou fezes de animais, convém uso de luvas.
Para prevenir a infecção por Toxoplasma:

*Só coma carne bem passada.
*não dê carne crua para seu gato
*lave bem as mãos após limpar a caixa sanitária do seu gato
*Limpa a caixa sanitária do seu gato todos os dias
*use luvas de borracha se você mexe com terra e plantas.

2)Campilobacteriose e salmonelose

Apesar dos gatos poderem abrigar essas bactérias no intestino, a maior parte dos casos em humanos não ocorre por contato com as suas fezes. De qualquer maneira, os donos de animais devem ter cuidado ao manipular as fezes, e em especial as associadas com diarréia.

3)Dermatomicose

A transmissão direta de microsporum canis de cães e gatos de fato ocorre.
Deve-se lavar bem as mãos, após a manipulação de cão ou gato infectado, e a não permitir que criançass brinquem com os animais, até o término do tratamento do animal.

4)Esporotricose

Doença cutânea e linfática, causada pelo sporothrix schenckii.
Cães, gatos, e seres humanos são suceptíveis à doença, que geralmente está associada a feridas traumáticas, penetrantes. Gatos com esporotricose devem ser manipulados com luvas, até que sejam curados.

5)Raiva

A raiva é uma doença provocada por vírus, caracterizada por sintomatologia nervosa que acomete animais e seres humanos. Transmitida por cão, gato, rato, bovino, eqüino, suíno, macaco, morcego e animais silvestres, através da mordedura ou lambedura da mucosa ou pele lesionada por animais raivosos. Os animais silvestres são reservatório primário para a raiva na maior parte do mundo, mas os animais domésticos de estimação são as principais fontes de transmissão para os seres humanos.

"O preconceito é uma opinião não submetida a razão" (Voltaire - Filósofo do séc. XVIII).

 

Declaração universal dos direitos dos animais




1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca ser abandonado.

6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimescontra os animais.
9 - Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.
 
Preâmbulo:
 
Considerando que todo o animal possui direitos;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais,
Proclama-se o seguinte
 
Artigo 1º 
Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
Artigo 2º 
1.Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2.O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais
3.Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem. 
Artigo 3º 
1.Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis. 2.Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia. 
Artigo 4º 
1.Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
2.toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito. 
Artigo 5º 
1.Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2.Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito. 
Artigo 6º 
1.Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural. 
2.O abandono de um animal é um ato cruel e degradante. 
Artigo 7º 
Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.
Artigo 8º 
1.A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2.As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas. 
Artigo 9º 
Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.
Artigo 10º 
1.Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem. 
2.As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal. 
Artigo 11º 
Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.
Artigo 12º 
1.Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
2.A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio. 
Artigo 13º 
1.O animal morto deve de ser tratado com respeito.
2.As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal. 
Artigo 14º 
1.Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
2.Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

A Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas - Bélgica, em 27 de Janeiro de 1978.