



SE EXISTE UM PARAÍSO
Se houver um paraíso
os animais lá estarão,
porque foram mártires
porque foram escravos.
Se houver um paraíso
os animais lá estarão,
desfrutando das pastagens infinitas do céu
beberão água limpa,
e aproveitarão o sol quente
Se houver um paraíso
E aqueles que os amaram
os terão ao seu lado
Se houver um paraíso
Por já viverem o inferno.
Se houver um paraíso
e serão os primeiros
sobre esta terra.
Publicado por Everton Paula
UMA GATINHA CHAMADA ESPERANÇA
Não entendo porque vim ao mundo. Só sei que respiro, sinto fome, sinto sede, sinto frio e também sinto quando sou amada. Ando pelos cantos das paredes e conheço todo o apartamento onde moro, mesmo na escuridão em que vivo. Tenho até um quarto só para mim.
Nem todos os humanos são maus como a pessoa que me separou de minha mãe e jogou-me na rua. Vocês não podem imaginar o desejo que tenho de viver.
Nas ruas sem fim por onde andei, ouvi barulhos imensos e pessoas falando, sobre coisas que jamais entenderei. Só sei que naquele dia senti medo, mas meu espírito de sobrevivência fez-me prosseguir mesmo sem rumo certo. Sei que sou pequena demais para ser notada, mas mesmo assim, segui com determinação, pois senti o cheiro de algo que me deu fome. Motivada pela fome e sede, entrei num lugar.
Naquela tarde, já se transformando em noite, só sei que senti medo, mas distraí-me com a brisa e parei para sentir o cheiro das flores. Por um momento, esqueci-me de meu desespero. Senti também que próxima às flores havia água. Como não posso ver as vezes me atrapalho, especialmente, quando estou nervosa.Eu esbarro nas paredes, móveis, até sentir dor e aí tenho de me acalmar para não me machucar.
Naquela tarde não pude sentir o perigo que corria e caí na água. Por ser um bebê e ter o corpo muito leve nadei sem saber como sair da água for horas a fio, até que um homem me resgatou, enquanto eu ouvia a voz maligna de uma mulher que dizia - “Odeio gatos. Jogue essa coisa fora”- Fui jogada na rua mais uma vez. Com frio, comecei a gritar em desespero com todas as minhas forças até que finalmente um anjo ouviu meu clamor.
Hoje não sinto fome nem sede, mas ainda tremo quando sinto a presença de estranhos. Depois, muito doente, soube que caíra dentro de uma piscina. Hoje moro na casa desse anjo, que também é minha casa.
Voltei a brincar com bolinhas de papel, corro e dou saltos. Mesmo que eu não possa ver o mundo, vejo e sinto o amor que me salvou a vida e me deu o nome de Esperança.
Zélia M. Bora
OBS: A história de Esperança é real. Ela foi resgatada por um anjo chamado Erica e reside em sua companhia em Manaíra - João Pessoa.
SE VOCÊ TAMBÉM TIVER SUA HISTÓRIA PARA NOS CONTAR, POR FAVOR NOS ENVIE PARA: zeliabora@yahoo.com.br
Colaboradores: Everton Paula/Zélia Bora
CAMPANHA ADOTE UM GATINHO DA UFPB
TOTAL ARRECADO DURANTE A PRIMEIRA CAMPANHA EM AGOSTO DE 2010 (doações, venda de camisetas e marca textos).
R$ 1.110,50
Gastos
CIRÚRGIAS R$ 840,00
BANHOS, REMÉDIOS, LEITE, SAMPOO E TAXI R$ 339,69
______________
R$ 1.179,69 --
R$ 1.110,50
_______________
SALDO NEGATIVO DE R$ 69,19 ---
RECEBIMENTOS:
05 (CINCO) CAMISETAS R$ 65,00
______________
SALDO NEGATIVO DE R$ 4,19
DEZEMBRO DE 2010
VENDAS DE CAMISETAS (01) R$ 20,00
VENDAS DE CAMISETAS (09) R$ 135,00
_______________
TOTAL
João Pessoa, 20 de dezembro de 2010
Izilda de Fátima Carvalho
UMA GATINHA CHAMADA ESPERANÇA
Zélia M. Bora
Não entendo porque vim ao mundo. Só sei que respiro, sinto fome, sinto sede, sinto frio e também sinto quando sou amada. Ando pelos cantos das paredes e conheço todo o apartamento onde moro, mesmo na escuridão em que vivo. Tenho até um quarto só para mim.
Nem todos os humanos são maus como a pessoa que me separou de minha mãe e jogou-me na rua. Vocês não podem imaginar o desejo que tenho de viver.
Nas ruas sem fim por onde andei, ouvi barulhos imensos e pessoas falando, sobre coisas que jamais entenderei. Só sei que naquele dia senti medo, mas meu espírito de sobrevivência fez-me prosseguir mesmo sem rumo certo. Sei que sou pequena demais para ser notada, mas mesmo assim, segui com determinação, pois senti o cheiro de algo que me deu fome. Motivada pela fome e sede, entrei num lugar. Naquela tarde, já se transformando em noite, só sei que senti medo, mas distraí-me com a brisa e parei para sentir o cheiro das flores. Por um momento, esqueci-me de meu desespero. Senti também que próxima às flores havia água. Como não posso ver as vezes me atrapalho, especialmente, quando estou nervosa.Eu esbarro nas paredes, móveis, até sentir dor e aí tenho de me acalmar para não me machucar. Naquela tarde não pude sentir o perigo que corria e caí na água. Por ser um bebê e ter o corpo muito leve nadei sem saber como sair da água for horas a fio, até que um homem me resgatou, enquanto eu ouvia a voz maligna de uma mulher que dizia - “Odeio gatos. Jogue essa coisa fora”- Fui jogada na rua mais uma vez. Com frio, comecei a gritar em desespero com todas as minhas forças até que finalmente um anjo ouviu meu clamor. Hoje não sinto fome nem sede, mas ainda tremo quando sinto a presença de estranhos.
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Depois, muito doente, soube que caíra dentro de uma piscina. Hoje moro na casa desse anjo, que também é minha casa.
Voltei a brincar com bolinhas de papel, corro e dou saltos. Mesmo que eu não possa ver o mundo, vejo e sinto o amor que me salvou a vida e me deu o nome de Esperança.
João Pessoa, 11 de dezembro de 2010.
BOLETIM 01/2011
PREZADOS AMIGOS (AS),
É hora de renovarmos os votos de Boa Vontade, Compaixão e Responsabilidade por aqueles que precisam de nós. Só assim, construiremos um Ano Novo repleto de dádivas para todos.